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TEQUILA BABY

Direto ao que me interessa...
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Tequila Baby - TEQUILA BABY (1996)

Tequila Baby - SANGUE, OURO E PÓLVORA (1999)
Tequila Baby - BEM VINDO A ROCK PUNK (2000)


Tequila Baby - PUNK ROCK ATÉ OS OSSOS (2002)

Tequila Baby - A AMEAÇA CONTINUA (2004)

Tequila Baby - MARKY RAMONE E TEQUILA BABY - AO VIVO (2006)
Tequila Baby - LOBOS NÃO USAM COLEIRA (2008)

Agora o papo...

Tequila Baby é uma banda de punk rock brasileira formada na cidade de Porto Alegre, capital do estado do Rio Grande do Sul, no ano de 1994. Banda composta por Duda Calvin nos vocais, James Andrew na guitarra, Davi Pacote no baixo e Rafael Heck na bateria.

Antes, passaram pela banda Tiago Hoock (baixo), Rodrigo Deltoro (baixo), Didi Gloor (bateria), Otto Branco (baixo) e também, Paulo Stenzel na função de vocalista, junto com Duda Calvin.

Em 1996 lançam o álbum de estréia, autointitulado. Bastante inspirado nos três primeiros álbuns dos Ramones, é um álbum simples e com letras irreverentes, como a de Sexo, Algemas e Cinta-Liga. O lançamento desse disco é seguido de uma grande turnê pelo interior do Rio Grande do Sul, provocando uma renovação nos conceitos do rock local, que encontrava-se bastante estagnado. Isso deve-se também às memoráveis performances ao vivo da banda.

Em 1999 lançam o álbum Sangue, Ouro e Pólvora, que além de manter vivo o espírito punk dos Ramones, dá uma guinada para o Hardcore. É um álbum rápido, que começa a despertar a atenção da banda em amantes de Punk Rock pelo resto do país, sobretudo com a canção Velhas Fotos, talvez a mais marcante de toda a carreira. Diferentemente do álbum anterior, neste a banda começa a mostrar uma certa personalidade, um estilo próprio. Isso acaba despertando a atenção de ídolos do Punk Rock a nível mundial, como Marky Ramone (baterista dos Ramones), que acaba fazendo um show com eles (repetindo a dose mais 5 vezes ao longo da carreira da banda) e Greg Graffin (vocalista do Bad Religion), que faz um show em Porto Alegre usando uma camiseta da banda, show este que teve a Tequila Baby como banda de abertura.

Com elevada moral, a banda acaba usando de alguns experimentalismos no álbum seguinte: Punk Rock até os Ossos (2002) é um álbum um pouco mais lento e trabalhado, produzido por Daniel Rey (que já produziu Ramones) e que teve Marky Ramone participando de uma faixa. As letras são bastante introspectivas, mostrando um lado mais poético na banda. Muitos os acusam erroneamente de se venderem às rádios locais, por não entenderem a falta da irreverência das letras dos álbuns anteriores. Mas o fato é que este álbum é o melhor da banda em se falando de rock'n'roll, sem rótulos ou estereótipos. Derruba ainda mais a mentalidade estagnada de que o rock feito no Rio Grande do Sul precisa, necessariamente ser engraçadinho e "de garagem". Também em 2002, a Tequila Baby apresentou-se na noite de finalização do Planeta Atlântida do Rio Grande do Sul, tocando músicas próprias e covers dos Ramones, estes juntamente com Marky Ramone e Daniel Rey.

Em 2004, Daniel Rey retorna ao Brasil para produzir A Ameaça Continua, álbum que consolida de vez a identidade da banda. Rápido, como o Sangue, Ouro e Pólvora, porém, bem produzido e maduro como o Punk Rock até os Ossos. A fusão de dez anos de estrada e o reconhecimento por amantes do estilo em todo o país fazem a banda ampliar fronteiras.

Em novembro de 2004, por problemas internos jamais explicados, e quase 10 anos com uma formação que conquistou milhares de fãs, Rodrigo Deltoro e Didi Gloor são substituídos por Otto Branco e Rafael Heck.

No final de 2005, a banda uniu-se novamente com Marky Ramone para tocar clásicos "ramônicos" em uma pequena turnê que passou por quatro cidades do Sul do Brasil (Porto Alegre-RS em 23/11, Caxias do Sul-RS em 24/11, Chapecó-SC em 25/11 e Rio Grande-RS em 26/11). Esse reencontro fez com que Marky sugerisse à banda que gravassem um CD e DVD ao vivo, com músicas próprias e dos Ramones, o que foi executado no ano seguinte. Seguindo o projeto de um CD e DVD ao vivo, no dia 11 de maio a Tequila Baby, juntamente com Marky Ramone e tendo como convidado especial Sebastian Expulsado (da banda Argentina Los Expulsados) apresentou-se no show de seu primeiro DVD e segundo CD ao vivo, tendo sido lançado no início de agosto do mesmo ano.

Então, como se esperava, em outubro de 2008 é lançado o disco "Lobos não usam coleira". Este é o título do tão esperado quinto álbum de estúdio da banda gaúcha que, pela primeira vez e de forma independente, foi lançado em dois formatos: virtual e físico (CD). Em meio às mudanças do mercado fonográfico, a Tequila Baby aposta na idéia de que, é o fã quem deve decidir em qual formato deseja ter o material da banda. O disco foi produzido pela própria banda junto com o produtor musical Beat Barea.

A banda segue em turnê pelo interior do RS e, também do Brasil, divulgando seu novo trabalho em conjunto com os antigos sucessos, levando o punk rock gaúcho além de suas fronteiras.


OS 1O MELHORES DISCOS DO ROCK GAÚCHO

A revista Aplauso fez uma seleção dos 10 melhores discos do Rock-Gaúcho, escolhida pelos próprios músicos. Para ver a reportagem completa leia a verão em pdf abaixo.


Agora o que interessa, abaixo todos os discos para download:
#01
JUPTER MAÇÃ - A SÉTIMA EFERVESCÊNCIA

#02
#03#04#05 #06#07#08#09#10

NENHUM DE NÓS

ACÚSTICOS E VALVULADOS

COLETÂNIAS

BIDÊ OU BALDE

ENGENHEIROS DO HAWAII

Direto ao que me interessa...
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Engenheiros do Hawaii -Longe Demais das Capitais - 1986

Engenheiros do Hawaii -A Revolta de Dândis - 1987

Engenheiros do Hawaii -Ouça O Que Eu Digo, Não Ouça Ninguém - 1988

Engenheiros do Hawaii - Alívio Imediato - 1989

Engenheiros do Hawaii - O Papa É Pop - 1990

Engenheiros do Hawaii - Varias Variaveis - 1991

Engenheiros do Hawaii - Licks & Maltz - 1992

Engenheiros do Hawaii - Filmes de Guerra, Canções de Amor - 1993

Engenheiros do Hawaii - Simples de Coração - 1995

Engenheiros do Hawaii - Humberto Gessinger Trio - 1996

Engenheiros do Hawaii - Minuano - 1997

Engenheiros do Hawaii - Tchau Radar - 1999

Engenheiros do Hawaii - 10.000 Destinos - 2000

DISCO 1
DISCO 2

Engenheiros do Hawaii - 10.001 Destinos -
2001

Engenheiros do Hawaii - Surfando Karmas & DNA - 2002

Engenheiros do Hawaii - Dançando no Campo Minado - 2003

Engenheiros do Hawaii - Acústico MTV - 2004

Engenheiros do Hawaii - Novos Horizontes - 2007

E agora o papo...

Engenheiros do Hawaii é uma banda brasileira de rock and roll, formada em 1984 na cidade de Porto Alegre, que alcançou grande popularidade com suas canções irônicas e críticas. O vocalista Humberto Gessinger é o único integrante original a permanecer no grupo até hoje.


Trajetória

Os primeiros anos (1984 – 1989)

Quatro estudantes da Faculdade de Arquitetura da UFRGS - Humberto Gessinger (vocal e guitarra), Carlos Stein (guitarra), Marcelo Pitz (baixo) e Carlos Maltz (bateria) - resolveram formar uma banda apenas para uma apresentação em um festival da faculdade, que aconteceria por protesto à paralisação de aulas. O primeiro show da banda foi em 11 de janeiro de 1985. Escolheram o nome Engenheiros do Hawaii para satirizar os estudantes de engenharia que andavam com bermudas de surfista, com quem tinham uma certa rixa.

Começaram a surgir propostas para novos shows e, após, algumas apresentações em palcos alternativos de Porto Alegre juntamente com uma série de shows pelo interior do Rio Grande do Sul. A banda, em menos de quatro meses de carreira já consegue gravar duas músicas na coletânea Rock Grande do Sul (1985) com diversas bandas gaúchas, em razão de uma das bandas vencedoras do concurso adicionador à coletânea ter desistido da participação do álbum na última hora.

Quando a banda seguiu com seus ensaios, durante a greve da faculdade, Carlos Stein realizou uma viagem, o que acabou inviabilizando sua permanência no grupo, e, tempos depois, ele passa a integrar a banda Nenhum de Nós. Meses passaram, e os Engenheiros do Hawaii gravam o seu primeiro álbum: Longe Demais das Capitais, em 1986. O norte musical do disco apontava para um som voltado à música pop, muito próximo ao ska de bandas como o The Police e Os Paralamas do Sucesso. Destacam-se as canções "Toda Forma de Poder", que foi tema da novela Hipertensão da Rede Globo e "Segurança", além de "Sopa de Letrinhas" e "Longe Demais das Capitais".

Antes de começarem as gravações do segundo disco, Marcelo Pitz deixa a banda por motivos pessoais. Com Gessinger assumindo o baixo, entra o guitarrista Augusto Licks, que havia trabalhado com Nei Lisboa, conhecido músico gaúcho.

Os Engenheiros lançam o disco A Revolta dos Dândis, em 1987. A banda muda o direcionamento temático, iniciando uma trilogia baseada no rock progressivo, com discos com repetições de temas gráficos e musicais e letras em que ocorre a auto-citação. Os arranjos musicais são influenciados pelo rock dos anos 60, as letras são críticas, com ocorrência de várias antíteses e paradoxos e aparecem citações literárias de filósofos, como Camus e Sartre. Destaque para os hits "Infinita Highway", "Terra de Gigantes", "Refrão de Bolero" e a faixa título, dividida em duas partes. Começam os shows para grandes platéias nos centros urbanos do país, como o festival Alternativa Nativa, realizado entre 14 e 17 de junho de 1987. A partir desta data, os Engenheiros encheriam ginásios e estádios pelo Brasil afora. Porém, houve polêmicas e a banda chegou mesmo a ser acusada de elitista e fascista pelo conteúdo de suas letras. As polêmicas se intensificaram quando membros da banda se apresentaram com camisetas estampadas com a Estrela de Davi e a Suástica.

O disco seguinte, Ouça o que Eu Digo: Não Ouça Ninguém, de 1988, pode ser visto como uma continuidade do anterior, tanto pelo trabalho da capa do álbum como pelo tema e estilo de suas canções. Destaque para as músicas "Somos Quem Podemos Ser", "Cidade em Chamas", "Tribos & Tribunais", a faixa-título e "Variações Sobre o Mesmo Tema", esta última uma homenagem à banda Pink Floyd, com sua estética progressiva e dividida em três partes. O álbum também marca a saída dos Engenheiros da cidade de Porto Alegre, indo morar no Rio de Janeiro.

Consolidada a nova formação, os Engenheiros lançam Alívio Imediato, de 1989, quarto disco da banda e o primeiro registro ao vivo. Suas canções mostram uma retrospectiva de suas principais canções e as novas perspectivas a serem incorporadas, em especial o som mais eletrônico, presente na faixa título e na música "Nau à Deriva", ambas gravadas em estúdio e as demais gravadas ao vivo no Canecão, no Rio de Janeiro.

Mudança para o Rio de Janeiro (1990 – 1993)

O disco seguinte, O Papa é Pop, de 1990 consolida a mudança de sonoridade da banda. Puxados pelo sucesso "Era um Garoto que Como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones", regravação de uma velha canção do grupo Os Incríveis (por sua vez versão da canção "C'era un ragazzo che come me amava i Beatles e i Rolling Stones" de Gianni Morandi), e a faixa-título, o quinto disco dos Engenheiros investe no som progressivo, calçado nos solos de guitarra de Licks e em uma base mais eletrônica de teclados e bateria. Gessinger passa a assumir também os teclados da banda e começam a surgir as baladas de piano e voz da banda. São dele as canções "Anoiteceu em Porto Alegre", "O Exército de um Homem Só" (dividida em duas partes), "Pra Ser Sincero" e "Perfeita Simetria" (versão alternativa da canção "O Papa é Pop"). Em meio aos novos sucessos, uma antiga canção, "Refrão de Bolero", oriunda do segundo disco, A Revolta dos Dândis, também era bastante executada pelas rádios. Aclamados pelo público e massacrados pela crítica, os Engenheiros do Hawaii consagram-se no Rock in Rio II, arrancando elogios do jornal americano New York Times, apesar de ignorados pela Folha de São Paulo.

O ano de 1991 marca o lançamento do sexto disco, Várias Variáveis, que completa a trilogia iniciada no segundo e terceiro discos da banda. Há redução dos efeitos eletrônicos e a retomada de um som mais rock 'n' roll, mas não repete o mesmo sucesso do anterior, mesmo tendo a canção "Herdeiro da Pampa Pobre", regravação de um antigo sucesso de Gaúcho da Fronteira, bastante executada nas rádios. Este é um dos discos que contém as melhores letras do grupo, porém, o som não é o forte do álbum, sendo o mesmo questionado hoje até pelo próprio Gessinger. Pode-se dizer que foi um disco seminal, pois canções como "Piano Bar", "Muros & Grades" e "Ando Só", em regravações em outros discos, estabeleceram-se como algumas das melhores da banda.

No ano seguinte, 1992, é lançado o sétimo disco, Gessinger, Licks & Maltz, ou GLM, inspirado no famoso logotipo ELP de Emerson, Lake & Palmer. O som continua mesclando elementos de MPB e rock progressivo, com destaque para as canções "Ninguém = Ninguém", "A Conquista do Espaço", "Pose (Anos 90)" e "Parabólica", canção que Gessinger fez em homenagem a sua filha Clara, nascida em fevereiro do mesmo ano.

O oitavo disco dos Engenheiros é o semi-acústico Filmes de Guerra, Canções de Amor, de 1993, gravado ao vivo na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro. A banda considerava este disco como acústico, pois condicionava tal formato à ausência de bateria e às guitarras semi-acústicas. Na época não existia a febre de acústicos gravados pelos grandes nomes nacionais, o que denota o caráter visionário da banda. O disco foi gravado ao vivo por uma decisão da banda de gravar um álbum ao vivo a cada três álbuns, uma idéia da banda Rush, que faz o mesmo. Com guitarras acústicas, percussão, piano, acordeão e participação da Orquestra Sinfônica Brasileira em três faixas, regida por Wagner Tiso, as velhas canções – como "Muros & Grades", "O Exército de um Homem Só" e "Crônica" – e novas composições – como "Mapas do Acaso" e "Quanto Vale a Vida?", ganharam arranjos que apontavam para o blues, a música tradicionalista e a erudita, ressaltando a excelente qualidade das letras dos Engenheiros do Hawaii. A banda chegou a participar, ainda no mesmo ano, do festival Hollywood Rock Brasil, junto com os brasileiros do Biquini Cavadão, De Falla, Dr. Sin e Midnight Blues Band. Entretanto não foram bem recepcionados e receberam muitas vaias. Eles se apresentaram no mesmo dia de L7 e Nirvana.

O ano de 1993 marca também a primeira excursão dos Engenheiros pelo Japão e Estados Unidos da América. Porém, no final deste mesmo ano, discussões e rixas internas acabaram por resultar na saída do guitarrista Augusto Licks. Inicia-se uma longa disputa jurídica pela marca "Engenheiros do Hawaii", tendo Gessinger e Maltz finalmente ficado com o nome da banda.

Tempos de tempestade e Gessinger Trio (1994 – 2000)

O passo seguinte foi remontar os Engenheiros, com a entrada do guitarrista Ricardo Horn. Como ao vivo a coisa não ficou a contento, posteriormente, também ingressam na banda: Paolo Casarin (acordeão e teclados) e o guitarrista Fernando Deluqui (ex-RPM). Após dois anos sem gravar, os Engenheiros lançam em 1995 o álbum Simples de Coração. O som é mais pesado, com climas regionais gaúchos dados pelo acordeão de Casarin. Destaque para as canções "A Promessa", "A Perigo", "Lance de Dados", "Ilex Paraguariensis" e "Simples de Coração". Havia ainda a canção "O Castelo dos Destinos Cruzados", em que o baterista Maltz assume os vocais. O disco Simples de Coração também teve uma versão em inglês, que não chegou às vendas. Os fãs mais assíduos têm apenas as MP3s.

Paralelamente às gravações do Simples de Coração, Gessinger monta o trio "33 de Espadas", para tocar música instrumental. Ao fim da turnê de Simples de Coração, a banda passou por uma grave crise, pois a formação "quinteto" era temporária. Longe do sucesso de outros tempos, os Engenheiros começam a pensar em seguir outros caminhos. O "33 de espadas" faz sua estréia já com a formação que viria se chamar "Gessinger Trio", tendo Luciano Granja na guitarra e Adal Fonseca na bateria. O grupo lançou o disco, também intitulado "Gessinger Trio" (HG3), em 1996. O clima enxuto do disco, basicamente com bateria, baixo e guitarra, lembra os primeiros trabalhos de Gessinger, como exemplificam as canções "Vida Real", "Freud Flintstone", "De Fé" e "O Preço". Paralelo à esse fato, Carlos Maltz envolve-se numa trilha mística e resolve abandonar os Engenheiros. A partir daí, o baterista monta o grupo "A Irmandade". Durante a turnê do Gessinger Trio, há uma constante troca de nome das bandas. Os shows que deveriam ser anunciados como HG3 ainda eram apresentados como Engenheiros do Hawaii. A verdade é que para um produtor anunciar um show dos Engenheiros do Hawaii, banda nacionalmente conhecida era muito mais fácil e rentável que apresentar como Gessinger Trio, nome absolutamente desconhecido.

Reconhecendo que era inviável seguir com o nome da nova banda, Gessinger volta a admitir-se como engenheiro do Hawaii. Para que haja alguma diferença entre o Gessinger Trio e o "novo" engenheiros do Hawaii, ele convida Lúcio Dorfmann a assumir os teclados do grupo, configurando um novo som ao grupo, bem próximo ao pop que predominava no mercado musical da época. O disco Minuano, de 1997, marca a volta dos Engenheiros com este nome. O Álbum mescla influências regionalistas, tecnologia e que conta com arranjos de violino que lembram o folk, tornam este o disco mais leve e com a sonoridade mais vaga da banda. Emplaca o sucesso "A Montanha", além de outras belas canções como "Nuvem", "Faz Parte" e "Alucinação", uma cover para uma antiga canção de Belchior. O disco ainda marcou a saída dos Engenheiros do Hawaii da BMG. A saída se deu com o lançamento de um box em formato de lata, intitulado Infinita Highway, contendo o relançamento de todos os dez discos da banda até então. Todos foram remasterizados, com exceção dos dois últimos (Simples de Coração e Minuano foram gravados já para o formato CD).

¡Tchau Radar!, de 1999, marca a entrada dos Engenheiros para a Universal Music Group e exibe uma maior maturidade do grupo, onde as influências musicais da banda ficam mais evidentes (folk rock, rock'n roll dos anos 60, rock progressivo e MPB) com belas composições de Gessinger, como "Eu Que Não Amo Você", "Seguir Viagem" e "3 X 4" além de duas covers: "Negro Amor" ("It's All Over Now Baby Blue", de Bob Dylan) e "Cruzada" (de Tavinho Moura e Marcio Borges), esta contando com arranjos de orquestra, como é comum em várias faixas do álbum.

Nova fase (2000 – 2003)

Da turnê de ¡Tchau Radar!, surgiu o terceiro disco ao vivo da banda, e o décimo segundo de sua carreira: 10.000 Destinos. Novamente, Gessinger repassa o repertório consagrado da banda em novas versões divididas em um set acústico e um elétrico e conta com a participação de Paulo Ricardo, cantando "Rádio Pirata" do RPM, e do gaiteiro Renato Borghetti nas canções "Refrão de um Bolero" e "Toda Forma de Poder". Como faixas-bônus, gravadas em estúdio, acompanham as inéditas "Números" e "Novos Horizontes", além da regravação de "Quando o Carnaval Chegar", de Chico Buarque.

Alguns meses após a apresentação no Rock in Rio III (2001), Lúcio, Adal e Luciano saem da banda e montam outro grupo, Massa Crítica, mudando novamente a formação dos Engenheiros. Lúcio, Adal e Luciano são substituídos por Paulinho Galvão (guitarra), Bernardo Fonseca (baixo) e Gláucio Ayala (bateria). Gessinger volta a tocar guitarra, após 14 anos responsável pelo contrabaixo dos Engenheiros. Com essa nova formação eles regravam algumas músicas da banda e lançam uma re-edição de seu último disco, agora intitulado 10.001 Destinos. Duplo, traz as mesmas faixas do disco precursor, e novas versões de estúdio das canções "Novos Horizontes", "Freud Flinstone", "Nunca Se Sabe", "Eu Que Não Amo Você", "A Perigo", "Concreto e Asfalto" e "Sem você".

Começava com esta formação, seguindo novamente o mercado musical (quando bandas mais pesadas começaram a ter mais espaço), de som mais limpo e pesado. Isso se confirma em 2002, com o lançamento do disco Surfando Karmas & DNA, disco que consolida a nova fase da banda, e que tem a participação especial do ex-Engenheiros Carlos Maltz na faixa "E-stória". São destaques do disco a faixa título e as canções "Terceira do Plural", "Esportes Radicais", "Ritos de Passagem" e "Nunca Mais". Há influência do punk rock e pop rock nas novas canções.

O disco seguinte, Dançando no Campo Minado, de 2003, mantém a regra: sonoridade muito similar ao seu antecessor com músicas curtas, guitarras pesadas e poesia crítica de Gessinger denunciando os males da globalização, da desilusão política e ideológica e da guerra, nas canções "Fusão a Frio", "Dançando no Campo Minado", "Dom Quixote" e "Segunda Feira Blues" (partes I e II, esta última novamente com a participação de Carlos Maltz), porém, convivendo com um certo otimismo na parte mais emotiva da vida. Emplaca nas rádios a canção Até o Fim.

Acústico MTV e Acústico II: Novos Horizontes (Turnês Acústicas) (2004 – 2008)

Para comemorar os vinte anos de banda, completados em 2005, os Engenheiros do Hawaii lançaram o CD e DVD Acústico MTV. O acústico tem as participações especiais dos músicos Humberto Barros (órgão Hammond) e Fernando Aranha (violões). Este último já havia feito uma participação especial no disco anterior. O disco se diferencia dos demais por não trazer participações especiais, apenas "fraternais": Clara Gessinger, filha de Humberto, divide os vocais com o pai na canção Pose (executada com parte da letra cortada) e Carlos Maltz, co-fundador e ex-baterista dos Engenheiros, que canta junto com Gessinger a canção Depois de Nós, de sua autoria.

Além dos grandes sucessos, como Infinita Highway, Somos Quem Podemos Ser e O Papa é Pop e das canções recentes, como Surfando Karmas & DNA e Até o Fim, o disco traz as canções O Preço e Vida Real, ambas do álbum Humberto Gessinger Trio. Por fim, acrescentam-se ainda as canções inéditas "Armas Químicas e Poemas" e "Outras Frequências". Durante a turnê do Acústico, Paulinho Galvão deixa a banda e seu posto é assumido por Fernando Aranha. Nos teclados, por sua vez, o jovem Pedro Augusto assume o lugar de Humberto Barros, que já fazia parte da banda de apoio do Kid Abelha.

O novo disco, Acústico II: Novos Horizontes, foi gravado nos dias 30 e 31 de maio de 2007, em São Paulo, no Citibank Hall, e foi lançado em agosto de 2007 com nove faixas inéditas, além de nove regravações. O disco quebrou a seqüencia de a cada 3 discos em estúdio, ser gravado um "ao vivo". Também foi palco de novas experiências para Gessinger, como a viola caipira que usa em algumas músicas do álbum. Segundo ele, se tivesse que rever todas as obras dos Engenheiros do Hawaii, 'Novos Horizontes' é o que não mexeria em nada. Destaque maior para as faixas inéditas "Guantánamo", "Coração Blindado", "No Meio de Tudo, Você" e "Quebra-Cabeça". No fim de 2007, o então baixista Bernardo Fonseca sai da banda e Humberto Gessinger assume o baixo. Desde então a banda voltou a utilizar guitarras em seus shows.

No ano de 2008, após shows pelo Brasil inteiro, a banda termina a turnê acústica, começada em 23 de julho de 2004 com o lançamento do Acústico MTV.

Atividades interrompidas

Junto com a turnê terminam, pelo menos temporariamente, as atividades dos os Engenheiros do Hawaii. O vocalista e líder da banda, Humberto Gessinger declarou no site oficial da banda que os planos de retorno da banda são somente no ano de 2011, quando serão comemorados os 25 anos do lançamento de Longe Demais das Capitais, primeiro LP da banda.

Neste intervalo, Gessinger se dedicará ao Pouca Vogal, parceria com Duca Leindecker, vocalista do Cidadão Quem. Juntos eles cantam novas baladas e grandes sucessos de suas bandas.

Formações

Humberto Gessinger é o único integrante presente durante toda a trajetória da banda.

Integrantes

Ex-Integrantes

  • Carlos Stein - Guitarra (1985)
  • Marcelo Pitz - Baixo (1985-1987)
  • Augusto Licks - Guitarra, Violão, Teclados, e Midi Pedalboard (1987-1994)
  • Carlos Maltz - Bateria (1985-1996)
  • Ricardo Horn - Guitarra (1994-1996)
  • Paolo Casarin - Teclados e acordeom (1995-1996)
  • Fernando Deluqui - Guitarra (1995-1996)
  • Luciano Granja - Guitarra e Violão (1996-2001)
  • Adal Fonseca - Bateria (1996-2001)
  • Lúcio Dorfman - Teclados (1997-2001)
  • Paulinho Galvão - Guitarra e Violão (2001-2005)
  • Bernardo Fonseca - Baixo (2001-2008)

Discografia

Informações dos álbuns
Longe Demais das Capitais
  • Ano: 1986
  • Sucessos: "Toda Forma de Poder","Sopa de Letrinhas","Segurança","Longe Demais das Capitais"
A Revolta dos Dândis
  • Ano: 1987
  • Sucessos: "A Revolta dos Dândis I","Terra de Gigantes", "Infinita Highway", "Refrão de Bolero", "A Revolta dos Dândis II"
Ouça O Que Eu Digo, Não Ouça Ninguém
  • Ano: 1988
  • Sucessos: "Ouça O Que Eu Digo: Não Ouça Ninguém", "Somos Quem Podemos Ser", "A Verdade A Ver Navios"
Alívio Imediato
  • Ano: 1989
  • Sucessos: "Nau À Deriva", "Alívio Imediato"
O Papa é Pop
  • Ano: 1990
  • Sucessos: "Era Um Garoto Que Como Eu Amava Os Beatles e Os Rolling Stones", "O Papa É Pop", "O Exército de Um Homem Só I", "Pra Ser Sincero", "Perfeita Simetria"
Várias Variáveis
  • Ano: 1991
  • Sucessos: "Herdeiro da Pampa Pobre", "Piano Bar", "Muros e Grades", "Ando Só",
Gessinger, Licks & Maltz
  • Ano 1992
  • Sucessos: "Ninguém = Ninguém", "Parabólica", "Até Quando Você Vai Ficar?", "A Conquista do Espaço"
Filmes de Guerra, Canções de Amor
  • Ano: 1993
  • Sucessos: "Realidade Virtual", "Mapas do Acaso", "Quanto Vale a Vida?", "Crônica (Ao Vivo)", "O Exército de Um Homem Só (Orquestrado)"
Simples de Coração
  • Ano: 1995
  • Sucessos: "A Promessa", "A Perigo", "Simples de Coração"
Humberto Gessinger Trio
  • Ano: 1996
  • Sucessos: "O Preço", "Freud Flinstone", "Vida Real"
Minuano
  • Ano: 1997
  • Sucessos: "A Montanha", "Alucinação"
!Tchau Radar!
  • Ano: 1999
  • Sucessos: "Eu Que Não Amo Você", "Negro Amor", "O Olho do Furacão"
10.000 Destinos (Ao Vivo)
  • Ano: 2000
  • Sucessos: "Números", "Rádio Pirata"
10.001 Destinos (Ao Vivo)
  • Ano: 2001
  • Sucesso: "Novos Horizontes"
Surfando Karmas & Dna
  • Ano: 2002
  • Sucessos: "Surfando Karmas & DNA", "3ª do Plural"
Dançando no Campo Minado
  • Ano: 2003
  • Sucessos: "Até O Fim", "Na Veia", "Dom Quixote"
Acústico MTV
  • Ano: 2004
  • Sucessos: "Vida Real (Acústico)", "Armas Químicas e Poemas (Inédita e Acústica)"
Novos Horizontes
  • Ano: 2007
  • Sucessos: " Guantánamo", "Vertical", "Luz".

Singles

Ano Single Álbum
1987 "A Revolta dos Dândis I" A Revolta dos Dândis
1988 "Ouça o que Eu Digo: Não Ouça Ninguém" Ouça o que Eu Digo: Não Ouça Ninguém
"Somos Quem Podemos Ser"
1989 "Alívio Imediato" Alívio Imediato
1990 "O Papa é Pop" O Papa é Pop
"Era um Garoto que Como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones"
1991 "Herdeiro da Pampa Pobre" Várias Variáveis
"Muros e Grades"
"Ando Só"
1991 "Ninguém = Ninguém" Gessinger, Licks & Maltz
"Parabólica"
"Até Quando Você Vai Ficar"
1993 "Realidade Virtual" Filmes de Guerra, Canções de Amor
"Quanto vale a vida?"
1995 "A Promessa" Simples de Coração
"Simples de Coração"
1997 "A Montanha" Minuano
"Alucinação"
1999 "Eu Que Não Amo Você" ¡Tchau Radar!
2002 "3ª do Plural" Surfando Karmas & DNA
2003 "Até o Fim" Dançando no Campo Minado
2004 "Vida Real" Acústico MTV

Videografia

Videoclipes

Ano Vídeo Álbum
1985 Sopa de Letrinhas Rock Grande do Sul
1986 Toda Forma de Poder Longe Demais das Capitais
1987 Terra de Gigantes A Revolta dos Dândis
A Revolta dos Dândis I
Filmes de Guerra, Canções de Amor
1988 Ouça O Que Eu Digo: Não Ouça Ninguém Ouça o que Eu Digo: Não Ouça Ninguém
Somos Quem Podemos Ser
1989 Alívio Imediato Alívio Imediato
1990 Era um Garoto que Como Eu Amava os Beatles e os Rolling Stones O Papa é Pop
O Papa É Pop
1991 O Exército de Um Homem Só I
Refrão de Bolero (Ao Vivo) A Revolta dos Dândis
Herdeiro da Pampa Pobre Várias Variáveis
Piano Bar (Ao Vivo)
1992 Parabólica Gessinger, Licks & Maltz
Ninguém = Ninguém
1993 Até Quando Você Vai Ficar?
Mapas do Acaso Filmes de Guerra, Canções de Amor
Realidade Virtual
Quanto Vale a Vida?
1994 Às Vezes Nunca
Crônica
1995 A Promessa Simples de Coração
A Perigo
1996 O Preço Humberto Gessinger Trio
1997 A Montanha Minuano
Alucinação
1999 Eu que Não Amo Você ¡Tchau Radar!
Negro Amor
2000 Números 10.000 Destinos
Rádio Pirata
2001 Novos Horizontes (ao Vivo) 10.001 Destinos
2002 3º do Plural Surfando Karmas & DNA
Surfando Karmas & DNA
2003 Até o Fim Dançando no Campo Minado
Na Veia
2004 Vida Real Acústico MTV
Somos Quem Podemos Ser
2005 Armas Químicas e Poemas

VHS/DVD

 
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